Henriqueta Lisboa

Imagem Henriqueta Lisboa


Henriqueta Lisboa foi poeta, ensaísta e tradutora. Representante do modernismo, sua poesia apresenta uma intensa veia lírica.

Biografia

Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari, sul de Minas Gerais, no ano de 1901. De uma família abastada do interior, fez o curso primário na cidade natal, desenvolvendo desde cedo o gosto pela literatura. Foi aluna interna do colégio de freiras Sion, da vizinha Campanha. Após o pai se eleger para o cargo de deputado federal, mudou-se com a família para a capital federal, Rio de Janeiro, em 1924, onde passou a desfrutar do círculo literário carioca. Publicou o primeiro livro de poesia no ano seguinte. O segundo livro viria em 1929, recebendo premiação da Academia Brasileira de Letras. Elegendo-se o pai para a Constituinte mineira, em 1935, Henriqueta retornou a Belo Horizonte, trabalhando como inspetora federal de ensino secundário. Nas duas década seguintes, publicou inúmeros livros de poesia, ensaios literários e traduções. Em 1945, iniciou o trabalho de professora de literatura hispano-americana na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria - futura Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Em 1951, passou a lecionar história da literatura na Escola de Biblioteconomia, depois incorporada à Universidade Federal de Minas Gerais. Henriqueta, discretamente, enfrentou a misoginia da sociedade da época, ocupando espaços em que predominavam os homens: em 1958, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Em 1963, tornou-se a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras. Aposentou-se como técnica de ensino pelo Ministério da Educação, em 1968, a partir de então se dedicando a projetos literários. Faleceu em Belo Horizonte, em 1985.

Obras

Do livro 'Enternecimento', 1929

Do livro 'Velário', 1936

Do livro 'Prisioneira da noite', 1941

Do livro 'A face lívida', 1945

Do livro 'Flor da morte', 1949

Do livro 'Azul profundo', 1955
 
Do livro 'Além da imagem', 1963

Do livro 'Miradouro e outros poemas', 1976

Do livro 'Pousada do ser', 1982

Para consultar

Para aprofundar o estudo sobre Henriqueta Lisboa:

Alves, T. C. V. (2016). Vigília poética: Uma abordagem da estruturação redacional do texto crítico de Henriqueta Lisboa. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 31, 103-115.
da Silva Reis, C. F. (2014). Henriqueta Lisboa e a educaçao estética da criança. Revista de Letras, 15(17).
de Aguiar, M. S. (2003). Henriqueta Lisboa: a memória do vivido/imaginação do transcendente. Scripta, 6(12), 27-36.
de Oliveira, I. V. (2018). Henriqueta Lisboa & Mário de Andrade: um diálogo sobre os “Três Poemas da Terra”. Revista Araticum, 17(1), 16-37.
de Souza Neves, A. L. M. (2014). O diálogo de Henriqueta Lisboa com escritoras latino americanas. Scripta, 18(35), 105-124.
Ionta, M. (2005). A Poética do sigilo: cartas de Henriqueta Lisboa a Mário de Andrade. SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 23.
Leão, Â. V. (2003). Henriqueta Lisboa: a poesia transcodificada. Scripta, 6(12), 13-26.
Lucas, F. (2012). A lírica de Henriqueta Lisboa. Revista Brasileira, 25-39.
Machado, A. R. (2007). Henriqueta Lisboa: a morte como florescimento do ser. Nau Literária.
Marques, R. (2004). Henriqueta Lisboa: tradução e mediação cultural. Scripta, 8(15), 202-212.
Paiva, K. B. (2011). Henriqueta Lisboa: entre cartas e literatura. Em Tese, 17(2), 15-25.
Paiva, K. B. (2019). Henriqueta Lisboa e a “coação do eterno dentro do efêmero”. Annales Faje, 4(3), 111-120.
Peixoto, S. A. (2003). Henriqueta Lisboa e a poesia pura. Scripta, 6(12), 37-42.
Veloso, R. F. (2024). Celebração dos elementos: poesia e imagem ritualística e alquímica em Henriqueta Lisboa. FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, (33), 330-348.