Pirilampos

Imagem Henriqueta Lisboa

Poema de Henriqueta Lisboa



Quando a noite
vem baixando,
nas várzeas ao lusco-fusco
e na penumbra das moitas
e na sombra erma dos campos
piscam, piscam pirilampos.

São pirilampos ariscos
que acendem pisca-piscando
as suas verdes lanternas,
ou são claros olhos verdes
de menininhos travessos,
verdes olhos semi-tontos,
semi-tontos mas acesos
que estão lutando com o sono?



Fonte: "Prisioneira da noite", Editora Civilização Brasileira, 1941.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.

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