Alvarenga Peixoto

Imagem de Alvarenga Peixoto, poeta brasileiro do Arcadismo

Alvarenga Peixoto


Inácio José de Alvarenga Peixoto (1742–1792) foi uma das figuras do Arcadismo e da Inconfidência Mineira.

Biografia

Inácio José de Alvarenga Peixoto nasceu no Rio de Janeiro em 1742 (fontes registram o ano de 1744) e recebeu a formação inicial no Colégio dos Jesuítas do Rio. Seguiu para Portugal, onde cursou Leis na Universidade de Coimbra, integrando o círculo intelectual local e cultivando contato e amizade com poetas como Basílio da Gama. De volta ao Brasil, estabeleceu-se em Minas Gerais - atuou em comarcas como Rio das Mortes e São João del-Rei - e casou-se com a poetisa Bárbara Heliodora (o casamento formal foi registrado em 1781).

Alvarenga participou das articulações intelectuais e políticas que compuseram a Inconfidência Mineira. A ele se atribui tradicionalmente a autoria da inscrição latina “LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN”, retirada de um verso do poeta Virgílio, o lema que figurou na bandeira dos inconfidentes e depois se incorporou à bandeira do Estado de Minas Gerais. Detido e julgado após a descoberta da conspiração, foi condenado ao degredo para Angola. Faleceu na cidade de Ambaca pouco tempo após a chegada, em 1792.

Obra e poemas

Todos os bens e posses de Alvarenga Peixoto foram sequestrados pela Coroa portuguesa após sua condenação. A maior parte de sua obra se perdeu.

Poemas

À Rainha D. Maria I | À mesma rainha | À mesma rainha (implorando-lhe a comutação da pena de morte) | Retrato de Anarda | A D. Bárbara Heliodora | A saudade | A lástima | A Altea | Estela e Nize | Retrato de Marília | 'Chia de dia pela rua' | 'Ao mundo esconde o Sol' | 'Passa-se uma hora' | 'Chegai, Ninfas, chegai' | 'De açucenas' | Retrato 6º de Filena | Retrato 5º de Nise | Retrato 3º de Josina | Retrato 2º de Anarda | Retrato 1º de Armânia

Para consultar

Ediçao digital de suals obra está disponível na Biblioteca Brasiliana USP.

Para aprofundar-se na vida e obra de Alvarenga Peixoto:

de Souza, C. C. E. (2022). O Canto Genetlíaco de Alvarenga Peixoto: entre a retórica setecentista e a independência política. Antíteses, 15(Especial), 263-286.
Esteves de Souza, C. C. (2016). Legitimação da violência do estado Pombalino na poesia atribuída a Alvarenga Peixoto. Studia Iberystyczne, 15.
Hasegawa, A. P., & Furtado, J. P. (2021). Promessa ou conquista? Virgílio e a bandeira de Minas Gerais (1788-1963). Revista de História (São Paulo), (180), a07420.
Rodrigues, A. F. (2014). Conflitos no sul do Brasil e queixa pública contra Alvarenga Peixoto (São João del-Rei, Minas Gerais, 1776-1780). História Unisinos, 18(3), 615-623.
Souza, C. C. E. de. (2023). Os retratos poéticos de Alvarenga Peixoto. Letras, 1(65), 209–223.
Topa, F. (1998). Noves versões para sete poemas de Alvarenga Peixoto: propostas de emenda à edição de Rodrigues Lapa. Revista da Faculdade de Letras-Línguas e Literaturas, 15.