Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens é um dos maiores nomes do Simbolismo brasileiro - um poeta que fez da religiosidade, da perda e do amor a essência de uma obra delicadamente mística e lírica.
Biografia
Afonso Henrique da Costa Guimarães nasceu em 24 de julho de 1870, em Ouro Preto, Minas Gerais. Filho de um comerciante português e de uma brasileira, era sobrinho-neto do romancista e poeta Bernardo Guimarães. Estudou no Liceu Mineiro, ingressando na engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto em 1887. Estava noivo de Constança Guimarães, sua prima, mas ela faleceu no ano seguinte, vítima da tuberculose. Afonso então partiu para São Paulo, cursando direito na faculdade Largo de São Francisco. No período que permaneceu na capital paulista, escreveu para os jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta. Retornou a Ouro Preto. Casou-se em 1897. Sua carreira na magistratura se inicia em Conceição do Serro. Publicou o primeiro livro, reunindo 'Setenário das Dores de Nossa Senhora / Câmara Ardente' e 'Dona Mística', em 1899. Três anos depois, publicou o segundo, 'Kiriale'. Nomeado juiz em Mariana, para lá se transferiu com a família em 1906, onde residiria até sua morte aos 51 anos, em 1921.Obras e poemas
Do livro 'Kiriale', 1902'Se eu procurasse' | 'Oh lábios' | 'Mãos de finada' | Pobres sonhos | Náufrago | Saudade | Canção | Presságios | Sete damas | Initium
Do livro póstumo 'Pastoral aos crentes do amor e da morte', 1923
'Como os outros' | 'Porque na vida' | 'A ventura de amar' | 'Negro navio' | 'A aurora loira' | 'Se eu a visse' | 'Seremos como dois lírios' | 'Quem sonha' | 'Quando te fores' | 'Por entre mil relâmpagos' | 'Nada somos' | 'Rosas que já vos fostes' | 'Ficávamos sonhando' | 'Crisântemo divino' | Ismália | A corrente | 'O cinamomo floresce' | Solidão | 'Manhãs hilares' | Barcarola | 'Eras a sombra' | 'Quando chegaste' | Cisnes brancos | Olhos | 'Ai! flores' | 'Ando colhendo' | 'Quando o ocaso' | 'Todo o antigo passado' | 'O amor tem vozes' | 'Ó palidez' | 'As ovelhas' | 'Foi-se, como a formosura' | 'Foi a tua beleza?'
Para consultar
Edições digitais de suas obras estão disponíveis em:
Cavalcante, C. G. (2023). Misticismo e melancolia em sonetos de uma santa, de Alphonsus de Guimaraens. Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social, 33, 107-128.
Comitti, L. (2002). Sobre uma visita: Alphonsus de Guimaraens e o Modernismo. Revista do Centro de Estudos Portugueses, 22(30), 311-320.
de Melo Silva, M. (1995). Anima: imagens do desejo e da interdição (na poesia de Alphonsus de Guimaraens). Revista Leitura, (15-16), 17-36.
de Paula, J. E. E. (2016). A memória de Alphonsus de Guimaraens nas vozes dos poetas modernistas. Caletroscópio, 4, 203-216.
de Paula, J. E. E. (2017). A memória da Antiguidade Clássica na escrita de Alphonsus de Guimaraens. Cadernos CESPUC de Pesquisa Série Ensaios, (30), 46-56.
Marques, Â. M. S. (2002). As lutuosas vogais de Alphonsus de Guimaraens. Revista do Centro de Estudos Portugueses, 22(31), 297-306.
Martins, G. F. (2019). Vanitas: a condenação da vaidade como elemento constituinte da representação da morte na lírica de Alphonsus de Guimaraens. Brasiliana: Journal for Brazilian Studies, 7(1), 163–173.
Rennó, E. F. (1966). A poesia de Alphonsus de Guimaraens. Revista Literária do Corpo Discente da Universidade Federal de Minas Gerais, 97-118.
Ricieri, F. F. W. (2002). Erotismo e transgressão na escrita de Alphonsus de Guimaraens. Revista do Centro de Estudos Portugueses, 22(31), 307-324.
Ricieri, F. F. W., & Marques, Â. M. S. (2003). Achegas à bibliografia de Alphonsus de Guimaraens. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, 287-310.
Ricieri, F. F. W. (2011). Dois objetos soturnos: leituras de Alphonsus de Guimaraens. Letras De Hoje, 46(2).
Secchin, A. C. (2014). Um Corvo e Seu Duplo: A propósito de um poema de Alphonsus de Guimaraens. Matraga-Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 21(35).
Silva, S. L. (2018). O arquétipo da sombra em Dona Mística, de Alphonsus de Guimaraens. Revista Extensão, 2(1), 27-35.