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Poema de Alphonsus de Guimaraens



Ó palidez das tardes ermas
        Ao chegar do estio!
Ó tardes, sois virgens, enfermas
        A tremer de frio.

Ó poentes, estendais de flores
        No ástreo jardim!
Ó poentes, sois os trovadores
        Que chorais por mim.

Ó nuvens brancas, fugindo
        Do sul para o norte!
Ó nuvens, também vou indo
        Como vós, para a morte.

Ó noites amplas, noites serenas,
        Horas de luar!
Como é triste sofrer tantas penas
        Longe do mar...



Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
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