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Poema de Alphonsus de Guimaraens
Nada somos, sabeis, e que seremos
Mais do que duas míseras ossadas?
As loucas ilusões em que vivemos
São estrelas que morrem desmaiadas.
Bem longe dos espíritos blasfemos,
- pobres crianças a ouvir contos de fadas -
Aos céus as nossas almas ergueremos,
Como duas princesas encantadas.
O silêncio agoniza pelas naves...
São trindades que vão morrer no poente,
Baixando mudas como voos de aves...
Que subam para os céus as nossas almas,
Balançando entre os astros suavemente,
Tão oblativas como duas palmas!
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.