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Poema de Alphonsus de Guimaraens
Quando te fores, branca, de mãos postas,
E me deixares neste val de pranto.
Deitada assim, como as demais, de costas
Sobre o teu leve esquife de pau santo:
Quando as rosas dos seios, decompostas,
Vierem causar à própria morte espanto,
E nessas tábuas vis, onde te encostas,
Te for o lodo o derradeiro manto:
Ainda hei de ver as lúcidas violetas
Que floriram no teu olhar incerto,
Por sob as tuas sobrancelhas pretas...
Ai! como Inês tu não serás rainha:
Mas amada há de ser no céu de certo
Porque na terra nunca foste minha.
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Porque na terra nunca foste minha.
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.