Cícero de Almeida
Cícero de Almeida
Músico do início do século vinte, Cícero de Almeida, também conhecido como Baiano, contribuiu para a formação da música popular brasileira.
Biografia
Cícero de Almeida nasceu em Alagoinhas, no interior da Bahia, por volta de 1898, e integrou a grande migração de músicos baianos para a então capital federal, o Rio de Janeiro. Lá destacou-se, a partir da década de 1920, como cantor, violeiro e compositor de toadas sertanejas; assinava versos que saíam semanalmente no jornal "Correio da Manhã" e era conhecido pelo apelido “Baiano”.
Formou com Pixinguinha - com quem manteve longa parceria - e outros músicos baianos um núcleo criativo que contribuiu decisivamente para a constituição do samba como gênero urbano brasileiro. Em parceria com Pixinguinha assinou letras de sucessos como “Gavião Calçudo” (gravado por Patrício Teixeira em 1929) e trabalhou em gravações como "Festa de branco e "Samba de fato", aparecendo com frequência em rádios e em festas populares.
Fora das parcerias com Pixinguinha, compôs sambas em parceria com nomes como Donga ("Seu Mané Luiz") e teve músicas gravadas por intérpretes importantes da época (Francisco Alves, Mário Reis, Patrício Teixeira). É também apontado como um dos pioneiros a levar temas da religiosidade afro-brasileira para a indústria fonográfica, em composições como “Orobô” ou “Aruê de Ganga”.
Cícero trabalhou viveu o auge de sua atividade artística nas décadas de 1920 e 1930. Mais tarde, recolheu-se à vida privada, falecendo no Rio de Janeiro.
Obras
Ioiô você quer | Orobô | Risoleta | Não dou confiança ao azar | Se você quiser | Tira o meu nome do meio | Seu Mané Luiz | Gavião calçudo | Você é bamba | Por você fiz o que pude | Samba de nego | Samba de fato | Festa de branco
