Casimiro de Abreu

Casimiro de Abreu, poeta do Romantismo brasileiro

Casimiro de Abreu

Um dos poetas mais populares da geração romântica, Casimiro de Abreu publicou poesia, drama, ensaios e romances em folhetim até sua morte precoce.

Biografia

Casimiro José Marques de Abreu nasceu em 4 de janeiro de 1839, em Barra de São João, na então província do Rio de Janeiro. Filho de José Joaquim Marques de Abreu, influente comerciante e proprietário rural português, e de Luísa Joaquina das Neves. Recebeu instrução primária entre 1850 e 1852, quando estudou em Nova Friburgo sob a orientação do Padre Pedro de Almeida. Por determinação paterna, mudou-se ainda adolescente para o Rio de Janeiro para aprender comércio, atuando durante cerca de um ano no armazém da família.

Em 1853, viajou com o pai para Lisboa, a fim de aperfeiçoar sua formação comercial, mas logo se afastou dessa carreira, aproximando-se de círculos literários luso-brasileiros. Na capital portuguesa e no Porto, iniciou colaboração em jornais, escrevendo poemas, crônicas e pequenos ensaios; esse período marca a emergência de sua vocação literária.

Adoecido de tuberculose, retornou ao Brasil em 1857. No Rio de Janeiro e em Magé, apesar da saúde frágil, continuou a escrever e passou a integrar o ambiente literário carioca, contribuindo para periódicos e convivendo com jovens escritores românticos. Em 1859, publicou "Primaveras", única obra que organizou em vida e que o incluiria no Romantismo brasileiro de segunda geração, com forte tom de sentimentalismo, saudade e idealização da juventude.

A morte de seu pai, em fins de 1859, privou-o do apoio financeiro essencial para seu tratamento. Com o agravamento da doença, Casimiro de Abreu faleceu em 18 de outubro de 1860, aos 21 anos.

Obras publicadas

Única coletânea de poesia publicada em vida, Primaveras (1859) reúne os principais poemas do autor. A obra destaca-se pela musicalidade, subjetivismo e idealização da infância e da pátria.

Poemas de Primaveras (1859)

Para consultar

Edições digitais de suas obras estão disponíveis em:
Para aprofundar o estudo sobre Casimiro de Abreu:

Amorim, M. C. de, & Silva, M. E. L. (2021). Do exílio e do retorno ao útero materno: A simbologia da Grande Mãe na poesia nacionalista de Casimiro de Abreu. Navegações, 14(2), e40620.
Ávila, D. A., & de Assis Augusto, A. M. (2016). A representação do feminino no conto Carolina, de Casimiro de Abreu. Crátilo, 9(2), 40-46.
Boechat, M. C. (2013). Da ação folhetinesca à cena intimista: um conto romântico de Casimiro de Abreu. Teresa: Revista De Literatura Brasileira, 12-13, 271-286.
da Rocha Reis, C. M. D., & de Campos, M. D. (2007). Entre o poema e a partitura: A Valsa, de Casimiro de Abreu. Per Musi, (15), 55-66.
Júnior, A. N. (2018). Tristeza, melancolia e beleza estética em 'Minh'alma é triste', de Casimiro de Abreu. Revista Linguasagem, 28(1), 346-364.
Let, R. (1980). A posição política de Casimiro de Abreu. Revista de letras, 20, 9.
Pereira, E. (2017). Edições portuguesas das obras de Casimiro de Abreu. Navegações, 9(2), 128–135.
Sant’Anna, B. de C. L. (2008). Casimiro de Abreu: colaborador d'A Ilustração Lusobrasileira. (1856). Revista Crioula, 3.
Silva, Ana Cristina da. “Casimiro de Abreu e a estética da saudade”. Revista Philologus, v. 38, n. 114, 2023, p. 45–52.