Guilherme de Almeida


Guilherme de Almeida


Figura marcante da cultura paulista, Guilherme de Almeida ilustra a transição da literatura brasileira na primeira metade do século XX, do parnasianismo e simbolismo para o modernismo.

Biografia

Guilherme de Andrade e Almeida nasceu em Campinas, São Paulo, em 1890. Passou a infância no interior, realizando os estudos primários em Rio Claro. Ingressou no ginásio em Campinas, concluindo seus estudos na capital do estado, São Paulo, para onde a família se mudou. Em 1912, formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco. Atuou como promotor público e trabalhou junto ao pai, que era jurista e professor. Também trabalhou como jornalista, contribuindo para diversas revistas e jornais, mantendo, por exemplo, uma pioneira coluna de crítica de cinema no país. Publicou o primeiro livro de poesia, 'Nós', em 1917, de estilo romântico. Envolveu-se com Mário e Oswald de Andrade e outros idealizadores do modernismo, contribuindo para a Semana de Arte Moderna em 1922. Participou da fundação e atuou, em seguida, na revista Klaxon, uma das porta-vozes do movimento. Seus principais livros de poesia de caráter modernista foram publicados entre 1922 e 1925. Quando da instituiçao do governo provisório de Getúlio Vargas, em 1932, alistou-se como soldado na revolta conhecida como Revolução Constitucionalista. Foi preso e exilado em Portugal até 1933. Produziu uma vasta obra, incluindo poesia, prosa e teatro. Guilherme faleceu em São Paulo, aos 79 anos de idade, em 1969.

Obras e poemas 

Do livro 'Meu', 1925

Para consultar

Para aprofundar o estudo sobre Guilherme de Almeida:

Busato, S. A lírica do olhar na poesia de Guilherme de Almeida. Revista Re-Produção.
de Azevedo, G. L. (2020). Paulicéia melancólica: contradições nas representações da metrópole na poesia do início do modernismo brasileiro. Anais do VI Seminário do Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira - FFLCH-USP, São Paulo.
de Azevedo, G. L. (2021). NON DVRCO, DVCO: Metrópole, o discurso da civilização e o “paulistanismo” na poesia de Guilherme de Almeida. Anais do Seminário do Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira.
de Vargas Giorgi, A. (2024). Guilherme, Oswald e o clichê. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 12(1),
Marques, F. (2011). Guilherme de Almeida e o lugar do haicai na poesia brasileira. Revista Leitura, [S. l.], v. 1, n. 45, p. 39–69.
Infante, U. (2011). A poesia de Guilherme de Almeida: de tradição e silêncio. Agália, 103, 77-110.
Parron, T. O poder da metáfora no jovem Guilherme de Almeida. Revista Re-Produção.