José Albano

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José Albano

No início do século XX, José Albano seguiu por um caminho singular. Nas palavras de Manuel Bandeira, era autor "de uma poesia tão ricã de sentimento, tão bela e tão pura de forma" em estilo neoclássico, nos moldes camonianos.

Biografia

José de Abreu Alhano nasceu em Fortaleza a 12 de abril de 1882. Era filho do negociante José Albano Filho e de D . Maria de Abreu Albano; neto, pelo lado paterno, dos Barões de Aratanha. Estudou no Seminário Episcopal de Fortaleza, mas o pai o enviou, em 1893, para a Europa, onde cursou humanidades na Inglaterra, na Austria e na França. Regressou a Fortaleza em 1898, trabalhando algum
tempo na casa comercial do pai. Estudou Direito no Rio de Janeiro entre 1902 e 1904, sem, no entanto, concluir o curso. Ingressou no Ministério das Relações Exteriores, sendo enviado ao consulado geral em Londres, onde serviu entre 1908 e 1912. Abandonou o emprego público e passou um ano viajando pela Europa, Turquia, Palestina e Egito. De volta a Londres, sua saúde mental se agravou. Tratou-se no Brasil, entre 1914 e 1917. Após uma breve passagem pelo Rio de Janeiro, viajou para a França, falecendo em Montaubaun em 1923. 

Obras e poemas

Em vida, José Albano publicou 'Rimas - Redondilhas', 'Rimas - Alegoria', 'Rimas - Canção a Camões', 'Ode à Lingua Portuguesa', Oficinas de Fidel Giró, Barcelona, 1912, 'Sonnets by Joseph Albano with Portuguese prose-translation', Ex Typografia Hodierna Fortalixiae, 1918, 'Comédia Angélica', Tipografia Moderna, Fortaleza, 1918, e 'Antologia Poética' , Ex Typis Assis Bezerra Fortalexiae, 1918.

Do livro 'Rimas - Redondilhas', 'Rimas - Alegoria', 'Rimas - Canção a Camões', 'Ode à Lingua Portuguesa', Oficinas de Fidel Giró, Barcelona, 1912

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