Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo, poeta do Romantismo brasileiro

Álvares de Azevedo

Figura central do romantismo brasileiro, Álvares de Azevedo construiu, em poucos anos de vida, uma obra que sintetiza a melancolia, a angústia e o idealismo juvenil característicos da segunda geração romântica. Sua produção, publicada após sua morte precoce, tornou-se referência incontornável da literatura brasileira oitocentista.

Biografia

Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 12 de setembro de 1831, em São Paulo, e ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1848, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passou a integrar grupos literários estudantis. Com os amigos, fundou a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano. Realizou publicações esparasas de alguns poemas, artigos e discursos, com forte influência de autores românticos europeus como Byron, Musset e Heine. Em 1852, durante férias com a família no Rio de Janeiro, sofreu um acidente de cavalo. Submetido a uma cirurgia, o quadro de Azevedo degradou para uma septicemia, causando-lhe a morte.

Obra e poemas

Toda a obra de Álvares de Azevedo foi lançada postumamente, por iniciativa de amigos e admiradores. Além de poemas, escreveu um romance e livros de contos. A única obra que editou em vida para publicação foi 'Lira dos Vinte Anos'.

Poemas do livro 'Lira dos Vinte Anos', 1853

Poemas do livro 'Poema irônicos, venenosos e sarcásticos', 1853

Para consultar

Edições digitais de suas obras estão disponíveis em:
As seguintes obras oferecem leituras aprofundadas sobre Álvares de Azevedo e sua poesia:

Alves, C. (1996). Álvares de azevedo e o drama romântico. Trans/Form/Ação, 19, 61-74.
Carone, M. (1987). Álvares de Azevedo, um poeta urbano. Remate de Males, 7, 1-6.
CAVALCANTE, Maria Imaculada. ÁLVARES DE AZEVEDO, UM CONTISTA FANTÁSTICO. Linguagem: Estudos e Pesquisas, Goiânia, v. 10, n. 1, 2014. 
de Melo Andrade, A. (2017). Natureza e analogia em Álvares de Azevedo. ITINERÁRIOS–Revista de Literatura.
de Oliveira Brandão, R. (1995). O ultra jovem Álvares de Azevedo. Linha D'Água, (9), 23-27.
de Souza Santos, N. G. (2021). A imprensa oitocentista na construção dos ensaios literários de Álvares de Azevedo. O Eixo e a Roda: revista de literatura brasileira, 30(1).
Ginzburg, J. (2000). Formas no amor na lírica de Álvares de Azevedo. Revista do Centro de Estudos Portugueses, 20(27), 147-168.
VOLOBUEF, K. Álvares de Azevedo e a ambigüidade da orgia. Organon, Porto Alegre, v. 19, n. 38-39, 2005.
Werkema, A. S. (2013). Oscilações do “espontâneo” na poesia de Álvares de Azevedo. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, 22(2), 39-49.