Olavo Bilac
Olavo Bilac
Olavo Bilac foi o maior nome do Parnasianismo brasileiro, deixando um legado que marcou a literatura do final do século XIX.
Biografia
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro, em 1865. Quando nasceu, seu pai, médico, servia ao exército na Guerra do Paraguai. Após concluir os cursos primário e secundário, com apenas 15 anos - o que exigiu um autorização especial - entrou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro por desejo do pai. Abandanou o curso no quarto ano, em 1886, indo cursar, no ano seguinte, a Faculdade de Direito de São Paulo. Desistiu do curso antes de completar o primeiro ano, gerando atritos com a família. Passou a se dedicar ao jornalismo e à literatura, trabalhando para jornais e revistas, além de se envolver com a política. Publicou o primeiro livro de poemas, 'Poesias', aos 23 anos. De 1887 a 1889, militou na imprensa a favor do abolicionismo e contra o regime monárquico. Após a instauração do regime militar da nova república, tornou-se correspondente na Europa do jornal 'Cidade do Rio' e atuou na Secretaria do Interior do estado do Rio de Janeiro. Com a chegada de Floriano Peixoto ao poder, aumentou a repressão e controle da imprensa. Após uma manifestação em prol do ex-presidente Deodoro da Fonseca em 1892, o governo de Floriano instituiu estado de sítio, exilando ou prendendo jornalistas opositores. Olavo ficou preso cerca de quatro meses na Fortaleza da Lage. Solto, voltou às críticas ao governo, que suspenderia as eleições presidenciais no ano seguinte, 1893, dando lugar à Revolta da Armada. Com instituição de novo estado de sítio e aperto da repressão à imprensa, Olavo Bilac, após um breve período de prisão para interrogatório, refugiou-se em Ouro Preto, Minas Gerais. Regressou à capital federal em 1894, sendo preso temporariamente para investigações. Com a saída de Floriano Peixoto do poder, além de prestigioso jornalista - profissão que pagava modestamente -, Olavo foi nomeado inspetor escolar do Rio de Janeiro, cargo em que se aposentaria. Em 1918, faleceu no Rio de Janeiro, aos 53 anos de idade.Obras e poemas
Do livro 'Poesias', 1888Rio abaixo | Canção | Pantum | Marinha | A ronda noturna | Nel mezzo del camin | 'Quando adivinha' | 'Ora (direis)'
Do livro 'Poesias - edição definitiva', 1902
Do livro 'Tarde' - obra póstuma, 1919
Salutaris porta | Remorso | Vila Rica | Aos meus amigos de São Paulo | Sperate, creperi! | Benedicite! | Defesa | As nuvens | Os rios | O tear | Dualismo
Para consultar
Edições digitais de suas obras estão disponíveis em:
Para aprofundar o estudo sobre Olavo Bilac:
da Cunha Santos, J. L. (2013). Olavo Bilac: o retalhista do cotidiano. Brazilian journalism research, 9(1), 234-237.
de França, L. F., & da Silva Mello, F. A. (2006). A personagem negra na literatura infanto-juvenil de Olavo Bilac: valores ideológicos. Signótica, 18(1), 113-130.
de Oliveira, T. S. (2009). A problemática da defesa do serviço militar a luz dos discursos de Olavo Bilac. Revista Aurora, 2(2), 37-46.
de Paula, D. G. (2016). A ideologia do soldado-cidadão nas escolas brasileiras: Olavo Bilac e a Liga de Defesa Nacional (1916). Linguagens, Educação e Sociedade, (34), 149-171.
de Souza, L. M. (2012). A Festa da Penha pelas letras de Olavo Bilac. In: Encontro regional da ANPUH-RIO. Rio de Janeiro.
de Souza, M. A. (2023). O príncipe dos poetas brasileiros e o sorriso de Monalisa: visões da pobreza na crônica de Olavo Bilac. REVELL: Revista de Estudos Literários da UEMS, 1(34), 376-396.
HANSEN, P. S. (2011). Infância como projeto. Nacionalismo, sensibilidades e etapas da vida em Olavo Bilac. Simpósio Nacional de História, 26.
Hansen, P. S. (2015). Golpes de Memória: usos políticos de Olavo Bilac no século XX. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, (61), 122-139.
Lima, J. D. C. P., & Carvalho, J. (2017). Experiência entre Literatura e História: a compreensão do Rio de Janeiro da Belle Époque por Olavo Bilac. Cadernos do CNLF (CIFEFIL), 21, 756-762.
Neto, A. R. S. (2010). A femme fatale em “Tarde”, de Olavo Bilac. In Congresso Nacional de Linguística e Filologia, 14º (pp. 146-160).
Ranquetat, C. (2011). A campanha cívica de Olavo Bilac e a criação da Liga da Defesa Nacional. Publicatio UEPG: Ciências Humanas, Linguistica, Letras e Artes, 19(1), 09-17.
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Sales, J. B. (2012). "O caçador de esmeraldas", de Olavo Bilac: continuidade e ruptura na configuração de um gênero. Signótica, Goiânia, v. 24, n. 1, p. 73–85.
Scherer, M. E. G. (2009). Olavo Bilac, cronista dos tempos modernos. Anuário de literatura: Publicaçao do Curso de Pós-Graduaçao em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, 14(2), 88-105.
Scherer, M. E. (2012). 7. O surgimento do repórter e a prática da censura no jornalismo brasileiro através das crônicas de Olavo Bilac. Revista Brasileira de História da Mídia, 1(2).
Scherer, M. (2013). 06 “As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel”-Olavo Bilac e o uso da imagem nos periódicos do início do século XX. Revista Brasileira de História da Mídia, 2(2).
Simões Júnior, Á. (2018). Olavo Bilac: sátiras.