*
Poema de Mário de Andrade
Na zona da mata o canavial novo
É um descanso verde que faz bem;
É uma suavidade pousar a vista
Na manteiga e no pelo dos ratos;
No mais matinal perfume francês
A gente domina uma dedicação;
Apertando os dedos no barro mole
Ele escorre e foge,
E o corpo estremece que é um prazer...
Mas você é grave sem comparação.
Fonte: "Poesia completa", Editora Itatiaia, 1987.
Originalmente publicado em: "Remate de males", 1930.