Rondó das tardanças
Poema de Mário de Andrade
“-Volte amanhã.”
Como tarda a desincorporação!
Não tem mais formaturas,
Não tem mais acelerados...
CALMARIA
Desejo de tempestades
Adoece meus membros parados.
Quero ir de novo pro batuque público da vida!
Adoece meus membros parados.
Quero ir de novo pro batuque público da vida!
Que engraçado!
Também quando trato dos meus negócios com a vida
Ela sempre me diz com o ar distraído dela:
“- Volte amanhã.”
Fonte: "Poesia completa", Editora Itatiaia, 1987.
Originalmente publicado em: "Losango caqui", 1926.