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Poema de Mário de Andrade
A manhã roda macia a meu lado
Entre arranha-céus de luz
Construídos pelo melhor engenheiro da Terra.
Como ele deixou longe as renascenças do sr. dr. Ramos de Azevedo!
De que valem a Escola Normal o Théatre Municipal de l’Opéra
E o sinuoso edifício dos Correios-e-Telégrafos
Com aquele relógio-diadema made inexpressively?
Na Pauliceia desvairada das minhas sensações
O Sol é o sr. engenheiro oficial.
Fonte: "Poesia completa", Editora Itatiaia, 1987.
Originalmente publicado em: "Losango caqui", 1926.