Hora fugaz
Poema de Ronald de Carvalho
Ela passou por mim,
passou, na manhã tranquila,
através das grades prateadas,
das altas grades do jardim.
Tão longe vai
a doce manhã tranquila,
toda cheia de bolhas trêmulas de orvalho,
de tinhorões vermelhos e grandes borboletas azuis.
Tão longe...
Por que meu coração não quis segui-la?
(Talvez fosse melhor assim...)
Fonte: "Epigramas irônicos e sentimentais", Anuário do Brasil, 1922.
Originalmente publicado em: "Epigramas irônicos e sentimentais", Anuário do Brasil, 1922.