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Poema de Souza-Andrade



Quando nessas horas vagas
Docemente me encantavas
O pensamento de amor,
Por essas delicias magas
Novo sol me alumiavas
Campos formados de flor:

E eram minhas horas vagas
O feliz passar contigo...
Sob a voz de murmúrio
Como da fonte nas fragas,
Como de mar sem perigo,
Como das folhas de estio.



Fonte: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.
Originalmente publicado em: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.


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