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Poema de Souza-Andrade
E perdeu-se para sempre
No meu peito a minha vida,
Como nos céus nublados
A minha estrela querida:
Assim de tarde aparece
Ramo de ouro na espessura
Cercado de aves cantando:
Passa o Natal e não dura.
E como o ledo pau-d’arco
Só numa tarde sorri,
Mimosas tão breves flores
Murchas nos meus pés as vi.
Fonte: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.
Originalmente publicado em: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.