* - Sousândrade

Sousândrade, poeta do Romantismo brasileiro.

Poema de Sousândrade



E perdeu-se para sempre
No meu peito a minha vida,
Como nos céus nublados
A minha estrela querida:

Assim de tarde aparece
Ramo de ouro na espessura
Cercado de aves cantando:
Passa o Natal e não dura.

E como o ledo pau-d’arco
Só numa tarde sorri,
Mimosas tão breves flores
Murchas nos meus pés as vi.




Fonte: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.
Originalmente publicado em: "Harpas Selvagens", Tipografia Universal de Laemmert, 1857.