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Poema de Júlia Cortines



Não te dirá jamais, indiferente e calma,
Da natureza a muda e implacável esfinge
A razão por que acende o desejo em tua alma
De um bem que atrai, que foge e que nunca se atinge.



Fonte: "Versos; Vibrações", Academia Brasileira de Letras, 2010.
Originalmente publicado em: "Vibrações", Laemmert &C, 1905.

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