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Poema de Mário de Andrade
Abre-te boca e proclama
Em plena praça da Sé,
O horror que o nazismo infame
É.
Abre-te boca e certeira,
Sem piedade por ninguém,
Conta os crimes que o estrangeiro
Tem.
Mas exalta as nossas rosas,
Esta primavera louca,
Os tico-ticos mimosos,
Cala-te boca.
Fonte: "Poesia completa", Editora Itatiaia, 1987.
Originalmente publicado em: "Poesias completas", 1955.