Poema estático - Murilo Mendes
Poema de Murilo Mendes
Vestir a couraça do céu
E caminhar vigilante
Mesmo na música.
Ternura, doce rigor,
Alguém acende meu ombro.
Até o silêncio (cristal) pesa.
Confronto-me com o sexo e a sombra.
Formas esperam
Nossa cooperação
No campo fértil
Da funda morte,
Da vida envolvente
Sempre a crescer.
Fonte: "Poesia completa e prosa", Nova Aguilar, 1994.
Originalmente publicado em: "Poesia liberdade", Editora Globo, 1945.
