Temas eternos - Murilo Mendes
Poema de Murilo Mendes
Há sempre um amor procurando seu nome
Na solidão do livro dos tempos.
Há sempre uma veste nupcial
Pendendo da guilhotina da noite.
Há sempre restos do Minotauro
A escurecer os campos tranqüilos.
Há sempre um olhar espiando o horizonte,
Um olhar que não foi visto.
Fonte: "Poesia completa e prosa", Nova Aguilar, 1994.
Originalmente publicado em: "As metamorfoses", Editora Ocidente, 1944.