Fogo
Poema de Olga Savary
Dar-me toda a este verão
urdideiro de rios, é ser
serpente de prata. Verão,
foi feita mais uma vítima.
Sou um ser marcado, natureza.
A tarde crava em meu magma
o selo de sua secreta pata.
Fonte: "Repertório selvagem - obra reunida", Biblioteca Nacional/ Multi Mais/ Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Originalmente publicado em: "Sumidouro", Massao Ohno/João Farkas Editores, 1977.