lúcida
Poema de Vera Lúcia de Oliveira
tijolo por tijolo reconstrói
o torto do seu ser sem luz
se apalpa o morto é para
aprender constância
se na noite esfrega ouvidos
é para acordar a alma
(quer o fragor
do olho esfacelado
no momento x)
lúcida que esfalfa
o escuro
até do côncavo gosta
do cristal do raio
quando parte a porta
e come a si mesmo
Fonte: "Entre a juntura dos ossos", Coleção literatura para todos, 2006.
Originalmente publicado em: "Entre a juntura dos ossos", Coleção literatura para todos, 2006.