insônia
Poema de Líria Porto
a boca escancarada da noite
os urros do silêncio
as teclas mudas
não tilintam os cristais
não estilhaçam a vidraça
amantes não sussurram
não há sinos de igreja
o mundo acabou
o relógio dorme
o tempo não passa
onde estão os latidos os galos os gritos
os olhos do sol?
na cama
o corpo exausto
o vazio da tua ausência
Fonte: "Cadela prateada", Editora Penalux, 2016.
Originalmente publicado em: "Cadela prateada", Editora Penalux, 2016.