Baú de guardados

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Poema de Gilka Machado



Pelos caminhos da vida
fechei os olhos às coisas feias,
porém as belas tranquei-as
no meu baú de guardados.

Por certo ninguém pressente,
vendo sempre vazios meus braços,
o que conduzem meus passos
neste baú de guardados.

E vou resgatando em penas
ai! como venho pagando em choros,
os pequeninos tesouros
do meu baú de guardados!




Fonte: "Velha poesia", Tipografia Baptista de Souza, 1965.
Originalmente publicado em: "Velha poesia", Tipografia Baptista de Souza, 1965.