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Poema de Mario Quintana
Na gostosa penumbra da Biblioteca Pública,
leio velhos jornais
e
dos anúncios prescritos
das novidades caducas
dos poetas mortos há tanto tempo que parecem
de novo estreantes
das ferocíssimas campanhas politicas do ano de 1919
- brotam como balões meus sábados azuis,
as horas bebidas aos goles
(num copo azul),
e as ruas de poeira e sol onde bailam sozinhos
os meus sapatos de colegial.
Fonte: "Poesia Completa", Editora Nova Aguilar, 2006.
Originalmente publicado em: "Apontamentos de história sobrenatural", 1976.