98. Seco


Poema de crroma



Está ficando muito seco.
Está ficando um árido grave.
Extenua o solo fértil.

Secas não são atraentes.
Em vez são caras.
Forjas que escaldam lentas,
destrutivas às casas,
à diversos afazeres.

De sua austera disciplina nascem desertos.

Subestimam-se as secas
que investem sobre geografias.
Tenazes capturam pessoas,
as realidades - ressequidas.

O viver vai se fiando
dessa áspera linha
seca de cerol,
que talha.