101. Pará


Poema de crroma



A fumaça cega o sol.
No dezembro seco, Pará cobre-se de fuligem.
Chamas do desmatamento criam nuvens fabulosas
que tingem o céu de laranja sujo.
Afugentam aeronaves.
O ar concentra cheiro de carvoarias,
respira-se o grosso fumo com adoecimentos.
A ilícita conversão de terra para monocultura
extermina a floresta no fogo,
inflige danos comuns a todos.
Contra ela, paralisias
- espera-se que venha a chuva
disfarçar o problema.




(Do G1: ''Não é mais possível ver o sol': crise da fumaça muda cor do céu no Pará, sede da próxima COP')