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Poema de Ildefonsa Laura César



Quem de seu bem vive ausente
Consolo não pode ter;
Acerbos males encara;
Tudo lhe faz desprazer.

Dum lugar a outro corre,
Mais medonho ao parecer!
O doce bem não descobre;
Tudo lhe faz desprazer.

O coração magoado
Apenas sente bater;
Pesados golpes o ferem;
Tudo lhe faz desprazer.

Na dor e no desespero
Aflito leva à gemer;
Lamento triste existência;
Tudo lhe faz desprazer.

A prezada liberdade
Sem crime vê se perder!
Caprichos são do destino
Que se não podem sofrer.



Fonte: "Ensaios Poéticos", Tipografia Epifânio J. Pedroza, 1844.
Originalmente publicado em: "Ensaios Poéticos", Tipografia Epifânio J. Pedroza, 1844.

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