Aos capitulares do seu tempo
Poema de Gregório de Matos
A nossa Sé da Bahia,
Com ser um mapa de festas,
É um presépio de bestas,
Se não for estrebaria:
Várias bestas, cada dia,
Vemos que o sino congrega,
Caveira, mula galega,
O Deão, burrinha parda,
Pereira, besta de albarda,
Tudo para a Sé se agrega.
Fonte: "Obra Poética", Editora Record, 1992.
Originalmente publicado em códices da segunda metade do século XVII.