Noite de domingo

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Poema de crroma



Domingo de noite
estalavam as horas.
O vento se arrastava pelos postes.
Apesar de mais vinho
barato, de mais
nuvens com flocos de sujeira,
de mais pratos
vazios,
a angústia insistia no exílio de qualquer sossego.

Essa angústia, quanta
agrura,
tanta agrura num domingo.
O sentido da vida abandonava a rotina
e de nada servia qualquer individualismo.
Uma febre sem calor,
sintoma de que éramos adoecidos
e de que amanhã prosseguiríamos
depois que o sono apagasse o mal-aventurado momento.



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