Poema de crroma
O que é pessoal
pessoalmente se resolve.
Vieram mandados prender-me,
vieram agentes e carros de polícia.
Persegue-me
o cão supremo,
o marido de Dona Vivi.
Óxandá!
Nem adiantou bater na madeira
três vezes.
Óxandá, Óxandão!
Togas se hasteiam
em travestidas bandeiras de luto.
Eu fiz função de político.
Acumulei o vil metal.
Fiz-me ilusionista, animador de plateias
e louco.
Óxandá!
O cão ministro agora
desautoriza a minha pessoa
com grades.
O cão quer muito a mim,
supremo.
Óxandá, Óxandão!
Saberá o destino
nos colocar frente à frente?
(O cão muito me quer)
Haverá de sim, o destino,
para então, no calor
de corpos próximos, e de olhos
entregues,
nos resolvermos.
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