Desabar
Poema de Carlos Drummond de Andrade
Desabava
Fugir não adiantava desabava
por toda parte minas torres
edif
ícios
princípios
l
e
i
s
muletas
desabando nem gritar
dava tempo soterrados
novos desabamentos insistiam
sobre peitos em pó
desabadesabadesabadavam
As ruínas formaram
outra cidade em ordem definitiva.
Fonte: "As Impurezas do Branco", José Olympio Editora, 1973.
Fonte: "As Impurezas do Branco", José Olympio Editora, 1973.
Originalmente publicado em: "As Impurezas do Branco", 1973.