O cavalo morto
Poema de Manoel de Barros
Na planície um cavalo
Mina em seu couro...
Urubus deplanam
e planam serenos.
O cavalo está enorme e derrete-se.
De sob seu dorso que se faz húmus
Uma florzinha azul reponta solidão.
Borboletas amarelas pousam na solidão.
Originalmente publicado em: "Poesias", 1947.