171. Atrás da charanga


Poema de crroma



Iam os foliões atrás da Charanga do França,
de manhã, pela rua urbana,
sob o cerco de edifícios.

Das bordas, as árvores avistavam
o carnaval suspender a opressão dos automóveis
- esses protagonistas da metrópole
de autômata mobilidade.

A fervura de pessoas tornava o asfalto impotente.

Vendendo bebida sem álcool, o ambulante gritava:
"Olha a salada!"

Ao som de marchinhas, desfrutavam
a alegre hecatombe da rotina.
Alegre passeio
no interior de uma ficção científica.