161. Chocolate
Poema de crroma
Chocolate, chocolate,
eu quero chocolate,
eu sonho chocolate,
se não for chocolate,
quero suco de cacau.
Cacaueiro, cacaueiro,
está sombrio, não dá frutos.
O úmido escoa, lento,
sob implacável avanço
do seco, seco, seco.
Cacaueiro numa sede
que, decisiva, se entufa.
Aos poucos, cacaueiro esvazia
de flores e de sementes,
até o vazio de vida.
Chocolate, chocolate,
mirrado chocolate,
inacessível de caro,
só em sonho: ficou choco,
choco, choco,
chocolate.