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Poema de Hilda Hilst



Que te demores, que me persigas
Como alguns perseguem as tulipas
Para prover o esquecimento de si.
Que te demores
Cobrindo-me de sumos e de tintas
Na minha noite de fomes.
Reflete-me. Sou teu destino e poente.
Dorme.



Fonte: "Da Poesia", Editora Companhia das Letras, 2017.
Originalmente publicado em: "Do desejo", Editora Pontes, 1992.

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