129. Água morta


Poema de crroma



O riacho que banhava antepassados,
as nascentes, cujo entorno reunia
                         territórios de vida,
expiraram em pó.
Restam apenas memórias
carregadas como cruzes em romarias.

Águas mortas por latifúndios
que desmataram cerrados.
Consomem bilhões de litros.
Avassalam comunidades de fundo,
fechos de pasto,
ribeirinhos.
Tomam violentos a terra,
se preciso.

Falha a recarga do aquífero.
As águas escasseiam críticas
ou sofrem sumiço.
A água morta