129. Água morta
Poema de crroma
O riacho que banhava antepassados secou em água morta.
Reduzidas ao pó cabeceiras,
nascentes
córregos
- em cujo entorno se criavam
territórios de vida.
Delas resta apenas memórias
carregadas como cruzes durante romarias.
Águas mortas por latifúndios
que desmataram cerrados,
cujos plantios consomem
bilhões de litros.
Avassalam
comunidades de fundo,
fechos de pasto,
ribeirinhos.
Tomam violentos a terra
se necessário.
Falha a recarga do aquífero.
As águas escasseiam críticas
ou sofrem sumiço.
A água morta é o seco
imposto pela necessidade
do lucro.
(De Brasil de Fato: 'Morte das águas no Oeste da Bahia: mapeamento identifica mais de 3 mil trechos secos')
fechos de pasto,
ribeirinhos.
Tomam violentos a terra
se necessário.
Falha a recarga do aquífero.
As águas escasseiam críticas
ou sofrem sumiço.
A água morta é o seco
imposto pela necessidade
do lucro.
(De Brasil de Fato: 'Morte das águas no Oeste da Bahia: mapeamento identifica mais de 3 mil trechos secos')