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Poema de Mario Quintana



Varri-me como uma pista.
Frescor de adro, pureza um pouco triste
De página em branco... Mas um bando
De moças enche o recinto de pestanas.
Mas entram inquietos pôneis.
Ridículos.
Ergo os braços, escorre-me o riso pintado
E uma pura pura lágrima
Que estoura como um balão.



Fonte: "Poesia Completa", Editora Nova Aguilar, 2006.
Originalmente publicado em: "O Aprendiz de Feiticeiro", 1950.
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