7. Amazônia seca


Poema de crroma



Tu, que eras úmida,
cede agora à secura
e ao calor.
Tu, Amazônia, mudas;
surge nova floresta
inflamável,
arde como o pasto
que te devorar ameaça.
De que vales frente
à agropecuária?
É, como tudo,
uma questão de dinheiro.
Premie-se o desmatador,
o grileiro,
quem elege terra nua.
Firmaram o fogo em capataz
da vegetação nativa.
Quando, Amazônia,
estarás por fim alheia,
                       despida?




(Do G1: 'Área de floresta nativa atingida pelo fogo na Amazônia cresce 132% em agosto, aponta relatório')