26. Firmes


Poema de crroma



Teme-se que acabe o bairro
com mais de trezentos anos.
Nascentes antigas feito bisavós
a mineração silencia.
Muita terra se remove.

Teme-se que a água escasseie.
Como depois se lavar coisinhas
e viver?

Teme-se veículos invadirem
a rural intimidade.
Angústia de se perder a casa,
de se perder a mata,
a igreja, a história local
para uma pilha de rejeitos.

Várias assinaturas autorizam mineradoras.
No desamparo,
comunidades aprendem
a não ceder raízes.
Conservam-se no solo que habitam,