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Poema de Ferreira Gullar
O mito nos apura
em seus cristais.
Os ventos que enterramos
não nos deixam.
Estão nos castigando
com seu escuro fogo.
A altura em que queimamos
o sono
estabelece o nosso inferno
e as nossas armas.
Fonte: "Coleção Melhores Poemas", Editora Leya, 2012.
Originalmente publicado em: "A luta corporal", 1954.