Noturno

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Poema de Olga Savary



E como o óleo
sobre a desconsolada cabeça
que não mais o suportasse
quisesse a solidão
que te decifra,
mãos em voo além
da janela aberta
foram beber no ar
teu sortilégio, retrato
da lua e seu inventor.




Fonte: "Repertório selvagem - obra reunida", Biblioteca Nacional/ Multi Mais/ Universidade de Mogi das Cruzes, 1998.
Originalmente publicado em: "Espelho Provisório", José Olympio, 1970.