Canção para depois
Poema de Mario Quintana
Quando esta pura voz que ouviste
Serenamente calar-se,
Como é que descobririas
O seu disfarce?
Não digas palavras loucas
Em meus ouvidos de pedra!
Não busques na voz do vento
Minha resposta...
Silêncio! E, depois, afasta
O passo que se avizinha.
Que ninguém veja esta face
Que não é minha!
Fonte: "Poesia Completa", Editora Nova Aguilar, 2006.
Originalmente publicado em: "Apontamentos de história sobrenatural", 1976.