155. Foz do Rio Doce


Poema de crroma



Vivas as ondas
da foz do Rio Doce.
Vivas e doentes.

Eram, antes, famosas entre surfistas.
Amparavam comunidades com turismo.

Mas rompeu a barragem de resíduos,
e as ondas adoeceram de lama.

A câmara de vereadores lhes reconheceram direitos.
Guardiões zelarão para que se recuperem.

Para que se preservem ondas,
seres vivos
com quem se coexista.




(Do Ecoa/Uol: 'Esta cidade no Brasil reconheceu suas ondas como seres vivos')