O sonho

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Poema de Nestor Victor



Deixá-los que se vão, não vás estulto
Implorando piedade em frouxo pranto;
Esse amor imperfeito a ti é insulto;
Fica, contenha-te um orgulho santo!

És grande, coração! Esse tumulto
Que a ti próprio por vezes causa espanto,
Reprime! Guarda o teu sagrado culto
A um coração merecedor de tanto!

À beira do caminho descansando,
Espera : ele há de vir lá do Oriente...
E se ele não viesse... Delirando

Não vás! Virá, meu coração descrente,
O teu amor virá lá se elevando...
Espera: ele há de vir lá do Oriente...



Fonte: "Transfigurações", H. Garnier, 1902.
Originalmente publicado em: "Transfigurações", H. Garnier, 1902.

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