75. Agrotóxico


Poema de crroma



Nortão de Mato Grosso abundoso de agrotóxico.
- Lucas do Rio Verde! Sinop! Sorriso!

Polpudo agrotóxico,
da lavoura transuda no ar,
em mananciais se deposita,
gruda pelas paredes das casas,
afeta rurais ocupações.

Grudado em leites maternos alimenta os infantes.
Grudado em bebedouros de escola
sacia a sede de crianças.

A cada plantio de safra bulham agrotóxicos
para advento da náusea,
dos vômitos e diarreia.

Nortão de Mato Grosso, onde grassam latifúndios:
- Lucas do Rio Verde! Sinop! Sorriso!

Agrotóxicas,
as desmedidas monoculturas
em massa intoxicam.
O emolumento de poucos - elite! -
germinado de cânceres.

O progresso com abortos,
com fetos malformados.
Progresso que é obtuso marchar para frente,
belicoso.




(Da Agência Pública: 'Câncer, malformação, "viroses": a crise de saúde puxada por agrotóxicos na terra do agro')


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