61. Cantiga do bugio
Poema de crroma
Há quantas noites não dormem
as casas do povoado?
Em Lindoia rompeu arteiro
macaco bugio pulando,
pulando sobre telhados.
Ele é peludo e castanho,
sobrenome belzebul.
Seus pés batem nas telhas,
o ócio das gentes apoquenta
o macaco roncador.
Seu grito preenche maciço
as ruas de paralelepípedos,
os quartos do casario.
Por carência de matas rodou
atrás de um novo moradio,
a sós e inofensivo.
Inda não encontrou
o seu pedaço de mata,
o inditoso macaco,
o bom macaco bugio.
(Da Tribuna Hoje: 'Técnicos do IMA e do Ibama capturam macaco que assustava comunidade em Satuba')
(Da Tribuna Hoje: 'Técnicos do IMA e do Ibama capturam macaco que assustava comunidade em Satuba')
